Vi hoje mais uma reportagem da SIC sobre aqueles que são verdadeiramente a Elite do país (se é que ela existe..). Não, não são os que nos governam, bem pelo contrário. São cientistas. Cientistas estes que emigraram e, por uma razão ou outra, decidiram voltar ao país onde se formaram dando contribuições preciosas nos seus ramos científicos a Portugal.
Físicos, Químicos, Biólogos.. todos investigadores, todos inteligentes, todos detestam ser chamados por Drs. Assim se apresentam os cientistas portugueses, líderes nas diversas Universidades e Centros de Investigação do País.
Estes senhores e senhoras que são habitualmente confundidos na sociedade comum com investigadores da PJ representam aquilo que de melhor tem o país. País esse que nunca dá valor aos seus, que prefere comparações completamente desproporcionadas com os EUA em vez de preferir desviar verbas para incentivar que cada vez mais recém-formados como estes permaneçam por cá dando o seu contributo à pátria que os viu nascer.
E é aqui que temos que fazer uma vénia a senhores como António Champalimaud ou Calouste Gulbenkian que permitiram que parte das suas respectivas fortunas se destinasse a apoiar aquela que é uma das mais menosprezadas áreas em Portugal, a Ciência, nos seus diversos domínios. Falta agora, independentemente da ajuda de novos Messenas que se contrua um Centro de Investigação Nacional. Um Centro que potencie as capacidades dos mais geniais cientistas portugueses, impedindo-os de fugir para o estrangeiro, fornecendo-lhe obviamente condições a todos os níveis. Seria importante para o país e uma excelente forma de o impulsionar cada vez mais ao nível científico, tornando-o, quem sabe, uma referência a nível Europeu e Mundial, já que capacidades não faltam.
Sobre o que disse José Miguel Júdice à SIC N só posso dizer que estou inteiramente de acordo.
É altura de quem nos dirige a nível Europeu perceber que estamos numa altura absolutamente decisiva para o futuro da UE. E para quem não ouviu JMM, ele disse isto, em suma: 'Ou avançamos para um estado de federalismo ou terão que haver saídas da moeda única. E neste último caso temos duas hipóteses: ou saiem os ricos, ou saem os pobres'.
Ora bem, a solução parece-me mais ou menos óbvia: a sair saem os ricos, nomeadamente a Alemanha. Mal esta saísse, o euro, como é natural, enfraquecia, e isso permitia que países como Portugal se tornassem novamente suficientemente competitivos ao ponto de voltarem a crescer sustentadamente a nível económico.
Ora bem, depois das palavras de Cavaco Silva, parece-me óbvio que a discussão está lançada. E este ponto terá que marcar com certeza a agenda política dos próximos tempos. Afinal de contas, não podemos continuar a ignorar, como até aqui, um assunto desta importância.
Ah, e chega de nos desculparmos com as Agências de Rating.
Depois de uma semana em que ficámos a saber que os alunos do 9º ano pioraram a Matemática e Português, eis que chega sexta-feira. Sexta-feira esta que seria mais uma véspera de fim-de-semana normal, não fosse a afixação dos resultados dos exames nacionais do 12º. E eis que chegou ela, ficámos então a saber que foram alcançados os piores resultados dos últimos 14 anos (!!!). Tendo em conta o facilitismo presente em tudo o que envolve o Ensino em Portugal, nem se pode ficar extremamente surpreendido. A verdade é que ao que parece os exames de 12º subiram ligeiramente o seu nível de dificuldade. O resultado está à vista.
Resta-nos acreditar em Nuno Crato.. E a julgar pelo que tem dito/defendido publicamente, há mesmo fundamentos para efectivamente acreditar numa mudança em todo o aparelho de Ensino em Portugal. Algo Urgente e que só peca por tardia.. Como já todos percebemos não é com facilitismos, ao estilo do que foi feito na última legislatura, que lá vamos, procurando olhar unicamente para as médias da UE. É altura de criar um ensino extremamente exigente, com mais exames, com mais rigor, com mais credibilidade.. É que isto assim não é nada..
Pontualidade, rigor, educação e sinceridade. Assim se apresentou Vítor Gaspar na mais recente comunicação do Ministro das Finanças. E pouco mais há a dizer senão demonstrar a minha admiração pela forma como se apresentou, pela postura e pela educação que demonstrou. Quer perante a comunicação social que perante todos os portugueses, em geral. Infelizmente, isto merece destaque por ser algo raro no Portugal dos nossos dias, fossem outros os tempos e outros os intervenientes políticos e se calhar não estava a escrever este post. As medidas, essas, merecem uma reflexão mais aprofundada, ficando no entando mais uma vez por anunciar medidas de corte na máquina do Estado. Medidas estas essencias a todos os níveis, quer ao nível de controlo das próprias Finanças do país, quer ao nível de dar confiança aos portugueses para continuarem a fazer esforços cada vez mais difíceis de aguentar. Contudo, o balanço, embora muito prematuro, daquilo que tem sido o trabalho e atitude de Vítor Gaspar só pode ser considerado positivo. Uma agradável surpresa, portanto.. para já, claro.
É já hoje que começa aquele que, ano após ano, faz milhões de pessoas ficarem pregadas ao televisor em tardes de pleno auge veraneano. Obviamente que o Tour já começou faz alguns dias, mas o verdadeiro, o tal que nos proporciona momentos brilhantes de puro entretenimento começa amanhã. E logo com duas montanhas de categoria especial e uma de primeira categoria, estando entre elas o mítico Tourmalet. Está prometida emoção e acima de tudo espectáculo, isto apesar do imensamente acidentado Tour que se tem verificado este ano. Espera-se que mais uma vez se faça História!